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quinta-feira, 31 de março de 2011

MORAES TEM RAZÃO!

 
Em conversa informal com o prof. Jairo Moraes ele chamava a atenção para o fato dos professores da rede pública estadual de São Paulo ser a única categoria a não ter absolutamente nada de reajuste salarial. O governo nem mesmo repõe as perdas causadas pela inflação, daí aumento salarial ou reajuste com ganho real nem pensar.
Ao longo desses dezesseis anos de governo do PSDB no estado as perdas salariais reduziram a tal ponto o salário dos professores que hoje é praticamente impossível recuperar o poder de compra que o salário tinha no começo dos anos 90. Lembramos que até então já acumulávamos perdas dos governos anteriores.
Mas voltando a questão apresentada por Moraes, vemos que o salário mínimo, primeira prova do governo Dilma, teve seu reajuste, em que pese que ficou aquém do reivindicado pelos sindicalistas, do defendido pela oposição e a anos-luz do necessário. O piso salarial nacional dos professores foi reajustado em 15% subindo de R$950,00 para 1.187,97. Lembrando que esse é uma salário para um profissional com curso superior para uma jornada de 40 horas semanais, simplesmente ridículo e vergonhoso.
No Valor Econômico do dia 24 p.p., saiu publicado uma matéria sob o título “Acordos dão ganho real a 96% dos metalúrgicos em 2010”, assinada por F. Taquari, onde se lê que 100% das convenções e acordos garantiram pelo menos a reposição das perdas causadas pela inflação. Estamos vendo vários movimentos dos sindicatos da construção civil por todo o país se mobilizarem, inclusive com greves massivas, para proteger seus salários, lembrando que a média salarial da categoria, na região metropolitana de São Paulo, é de R$1.151,00 por mês – quase igual ao piso nacional de professores.
A argumentação de que os metalúrgicos e os trabalhadores da construção civil, entre outros trabalhadores, produzem riquezas e são fontes de extração de mais valia, portanto, suas reivindicações são mais facilmente ouvidas do que as dos professores, que não produzem nada e quando paralisam acabam economizando desde água a salário para o Estado, não agradou muito o professor Moraes.

Ederaldo Batista

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