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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AUMENTO DA TARIFA DO ÔNIBUS...

Desrespeito a população!
A implantação do Bilhete Único deve ajudar uma parcela significativa da população na cidade. Porém da forma como se deu demonstra a falta de respeito da Prefeitura para com a população, principalmente a mais pobre.
Para respeitar os cidadãos guarulhenses, deveria aguardar que todos, ou a maioria, tivessem adquirido o cartão do Bilhete Único para depois implantar a modificação das linhas de ônibus. Com essa postura desrespeitosa com os mais pobres gerou insatisfações com a falta de informação das linhas e seus destinos, a necessidade de ter que pagar duas passagens quando antes se pagava uma, a demora em chegar ao destino aumentou, a confusão em relação às estações de transferências, a demora em passar uma condução, pois foram diminuídos o numero de ônibus ou vans, a falta de informantes nos pontos de ônibus para transferência gratuita, entre outros.
Os condutores e cobradores dos micros e das vans reclamando por ter que rodar em locais distantes ou por estarem sendo preteridos no sistema, sem veículos preparados e sem informações.
As estações de transferência são provisórias e serão substituídas pelos Terminais. Ou seja, o sistema não está pronto. Mas para justificar o aumento absurdo da passagem começa a funcionar sem respeitar os usuários. Ainda assim teremos prejuízos pois o tempo perdido nas estações de transferência dificilmente será compensado com a melhora do transito e com a possibilidade de pagar uma tarifa em duas horas (muita gente não vai precisar já que não está integrado ao sistema intermunicipal) e a tendência em termos que pegar ônibus sempre lotados.
Por outro lado, o preço da passagem, a mais cara do Brasil, considerando que a distancia às vezes não chega à metade da cidade de São Paulo, sugere um acordo com donos das empresas que financiaram com muito dinheiro as campanhas de diversos candidatos do PT e DEM país a fora.
Essa situação tende a se resolver com o tempo, mas nada pagará os transtornos que teremos que passar até que se normalize; que poderia ser evitado se houvesse respeito pela população que usa os serviços públicos.
MANIFESTAÇÃO DIA 01 DE FEVEREIRO – 14 HORAS – CONCENTRAÇÃO NA PRAÇA TERESA CRISTINA
Prof. Joaquim

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Não chore por mim...

Não chore por mim...

Assistimos no dia primeiro desse ano a emocionada posse da presidente da república Dilma Rousseff. A posse da primeira mulher na presidência da República do Brasil nos faz lembrar que o século XXI, nesses seus primeiros anos, fez várias inaugurações: primeiro presidente negro dos Estados Unidos; primeiro operário na presidência do Brasil; primeiro bispo (com vários filhos) na presidência do Paraguai...
Evidentemente, em geral, as pessoas ficam sensibilizadas diante de tais eventos, principalmente aquelas que estão diretamente envolvidas, daí vermos mulheres, crianças e homens chorando. Uns devido a entrada, outros por conta da saída. No caso do ex-presidente, que não é nenhuma novidade seu choro, agora chora a partida, mas sem adeus.
Lula deixa o planalto chorando, com ele choram os ricos e os pobres. Os primeiros, porque “nunca antes na história desse país” banqueiros, latifundiários, industriais, grades comerciantes, construtores, ganharam tanto dinheiro; os segundos, num misto de empatia e reverencia ao bem feitor (paternalismo), agradecem a ajuda recebida. Não podemos esquecer que também durante esses oito anos os parasitas do Estado continuaram drenando recursos públicos para seus bolsos – não faltaram escândalos de corrupção.
O governo do ex-operário, entre o seu legado, deixa uma emenda constitucional que amplia o tempo de trabalho e contribuição dos trabalhadores para a aposentadoria. Se não bastasse tal contradição, sai e deixa assinado o decreto de reajuste do salário mínimo no valor de R$540,00, enquanto os setores da direta tradicional do país, já na campanha eleitoral, propunham R$600,00, valores muito abaixo do necessário.
Dilma assume repetindo várias vezes que tem como objetivos o controle fiscal e o corte nos gastos. De maneira geral, podemos adiantar que aqueles que ganharam muito dinheiro no governo anterior vão continuar ganhando e aqueles que recebiam um pouco de ajuda não tem o mesmo garantido. Tais objetivos se prestam a assegurar o pagamento das dívidas externas e internas e, se para tanto, tem que investir (gastar, na palavra deles), menos na educação, saúde, segurança, saneamento básico ou moradia tudo bem. Os ditos avanços não passam de uma miragem já que a burguesia controla a mídia e as políticas públicas básicas continuam precárias.
Lula sai e deixa para Dilma um conjunto de reformas que, apesar da sua alta popularidade, não teve força para fazer. Como temos visto em outros países, tais reformas protegem o capital em detrimento do trabalho, ou seja, os trabalhadores novamente vão pagar com seu suor e sangue a manutenção do sistema.
O ex-presidente sai deixando os preços dos produtos alimentícios na estratosfera – o preço da carne está um pouco mais acima – e para não aumentar o consumo arrocha o salário. Em contra partida, os trabalhadores, fragilizados pela cooptação, ficam com os aumentos das tarifas dos serviços públicos e dos impostos e endividados. As chuvas põe a nu a crueldade desses governos.
Diante desse cenário de vitória do capital via modernização conservadora que passamos e o que está por vir, onde os latifundiários, empresários, banqueiros e corruptos continuarão aumentando seus fabulosos lucros, o loteamento de cargos, o descaso com competência técnica dos ministros, aproximação com os EUA indica que qualquer abalo externo retira as migalhas oferecidas nesse último período a uma parcela da população. Sendo assim, somos forçados a afirmar que não é necessário que chores por mim...

por EDERALDO E JOAQUIM