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segunda-feira, 17 de junho de 2013

TOTAL APOIO À LUTA DO MOVIMENTO PELO PASSE LIVRE

REVOGAÇÃO DO REAJUSTE DA TARIFA EM SÃO PAULO E DEMAIS CIDADES JÁ!
Grandes manifestações protagonizadas por estudantes, trabalhadores e desempregados estão ocorrendo em todos os lugares do mundo. Aqui no Brasil não é diferente; a crise do sistema capitalista tem levado os governos cada vez mais a superexplorar a classe trabalhadora para manter os lucros dos banqueiros, empresários e latifundiários e dos demais especuladores do capital.
Na realidade, estamos vivendo no último período o crescimento da inflação (aumento dos alimentos), alta dos juros, crescimento do desemprego e do arrocho salarial. Governos e patrões se negam a repor, pelo menos a inflação do período, elevando assim as perdas dos salários aumentando as dificuldades da grande maioria da população.
Nessa última semana os estudantes foram às ruas na cidade de São Paulo contra o aumento da tarifa do transporte público. Em que pese o governo do PT/Haddad afirmar que o reajuste é irreversível, pois é apenas pouco mais de 6%, estando abaixo dos índices inflacionários, o fato é que os trabalhadores não receberam nem isso. Os profissionais da educação; por exemplo: receberam apenas 1%.
Esses números da Prefeitura são facilmente contestados, pois a lógica mercadológica do transporte coletivo, para servir a ganância e ao lucro dos tubarões donos das empresas, é um dos maiores gargalos da exclusão social aviltante que martiriza milhões de trabalhadores todos os dias no país; conforme relatam os militantes do movimento pelo Passe Livre Nina Cappello, Erica de Oliveira, Daniel Guimarães e Rafael Siqueira: Calcula-se que são 37 milhões de brasileiros excluídos do sistema de transporte por não ter como pagar. Esse número, já defasado, não surgiu do nada: de 20 em 20 centavos, o transporte se tornou, de acordo com o IBGE, o terceiro maior gasto da família brasileira, retirando da população o direito de se locomover /.../ Não somos nós que afirmamos que o aumento está abaixo da inflação sem considerar que, de 1994 para cá, com uma inflação acumulada em 332%, a tarifa deveria custar R$ 2,16 e o metrô, R$ 2,59. Além disso, perguntamos: e os salários da maior parte da população, acompanharam a inflação? (Jornal Folha de São Paulo – 13/06/2013)
No que toca aos transportes públicos nesse país, estamos falando de um cartel (com características de máfia) com forte penetração nos órgãos governamentais. Pois são grandes financiadores de campanhas eleitorais dos partidos que estão no poder, os quais após o processo eleitoral cobram a fatura. Não é possível atender as reivindicações dos trabalhadores por um transporte público de qualidade e ao mesmo tempo saciar a sede incessante dos donos das empresas de ônibus por lucros.
Não é a toa que a feroz repressão ao movimento é das piores que já ocorreram no Brasil, pois até os trabalhadores dos veículos de mídia tem sido fisicamente agredidos e os números de mais de 250 feridos e mais de 100 presos, revelam a selvageria da Tropa de Choque da PM paulista contra o movimento. Essa prática histórica que se expressa num chavão clássico: “atira primeiro e pergunta quem é depois”, tem se intensificado na repressão aos estudantes e demais trabalhadores.
Essa repressão toda é uma tentativa de evitar que o movimento ganhe uma dimensão de movimento de massa e ganhe a proporção do que ocorreu em outras partes do mundo a exemplo da primavera árabe. A vaias à Dilma Rousseff e ao Presidente da FIFA na abertura da copa das Confederações mostram que as massas começas a apontar na direção de não tolerar os gastos de bilhões dos cofres públicos em obras sem sentido, enquanto a grande maioria dos brasileiros, não tem acesso aos bens básicos para uma vida digna.
Consideramos que quando os estudantes e a classe trabalhadora começam e se organizar e fazer os poderosos tremer é preciso total apoio e participação, para dar um passo à frente nas conquistas e evitar os retrocessos. Sobretudo é preciso debater em todos os lugares as perspectivas que se abrem quando a juventude passa a ser protagonista da luta, usando a internet como principal ferramenta de mobilização e articulação. É preciso não subestimar a capacidade de luta do povo nas ruas, pois quando isso começa a ocorrer amplas possibilidades se abrem inclusive grandes transformações sociais.
Manifestamos aqui nosso total apoio a justa luta dos estudantes e demais trabalhadores. Conclamamos a todos, juventude, trabalhadores, desempregados que venham a se somar e fortalecer esse movimento que representa nossa indignação pelo conjunto de ataques que estão sobre a classe trabalhadora.
TRABALHADORES NA LUTA SOCIALISTA

NUCLEO DIRIGENTE CENTRAL – junho de 2013

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