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segunda-feira, 21 de maio de 2012

ENTENDA O PROJETO ENSINO MÉDIO INTEGRAL

O governo do Estado de São Paulo, em mais gesto mirabolante, tenta implementar na rede o Projeto Ensino Médio Integral, com a finalidade de inovar e reformar este nível de ensino.
 Ao longo desses quase vinte anos à frente do governo estadual o PSDB apresentou inúmeros projetos para a educação, no entanto, absolutamente nenhum que melhorasse a qualidade do ensino ou as condições de trabalho e salário dos professores.
 Com esse projeto não é diferente. Vejam por que:
1. “As escolas participantes do projeto não comportam cargos...” As escolas que aderirem ao projeto serão extintas. Por consequência, todos os cargos (efetivos) terão que se remover para outras unidades, através do concurso de remoção. Os ocupantes de função atividade (OFA) serão transferidos para a unidade mais próxima.
2. Os profissionais que trabalham no projeto serão designados, após passarem por um processo seletivo. Tal processo “envolve a inscrição prévia, análise de assiduidade e entrevista”. Trata-se da velha e combatida atribuição por perfil. Sendo que “a permanência do profissional (no projeto) está sujeita a uma avaliação de desempenho frequente”. (A cessação pode ocorrer a qualquer tempo). Se o professor é efetivo reassume seu cargo onde se removeu; se OFA-F fica em horas de permanência na unidade a qual foi transferido aguardando por atribuição na D.E.
3. Estão habilitados para participar do processo seletivo somente os professores efetivos e os OFAs-F. “Não se admite a contratação de professores temporários nessas escolas”.  Também estão excluídos do projeto os professores efetivos que se encontrarem em período probatório. Como não haverá eventual, a substituição de professores em caso de ausência será feita pelo professor coordenador ou por outro professor, em atuação no projeto, da mesma área de conhecimento do faltante.
4. O projeto tenta ressuscitar a reforma do ensino médio barrada pela greve de 2000. Os docentes serão contratados pelas três áreas: “professores da área de conhecimento de linguagens; professores da área de conhecimento de ciências humanas; professores da área de conhecimento de matemática e ciências da natureza”. Devido ao regime de dedicação plena e integral o professor terá atribuído uma “carga horária multidisciplinar” de 40 horas semanais.
5. O projeto estabelece o professor coordenador por área de conhecimento e diz que é uma “novidade”. Porém, há 20 anos atrás, quando o PSDB chegou ao governo existia um projeto na rede chamado Escola Padrão, que possuía tal coordenador. O projeto foi extinto pelo então governador M. Covas. Ao restabelecer o coordenador por área o faz de forma piorada em relação ao que existiu a 20 anos, pois o professor terá que cumprir 20 horas em sala de aula, enquanto na “Escola Padrão” era 15 horas.

REAFIRMAMOS NOSSAS BANDEIRAS:

 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA
· REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO SALARIAL, SENDO 50% EM SALA DE AULA E 50% EXTRASALA;
· PISO DO DIEESE COM  MAIS 100% DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA;
· REDUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS POR SALA, NO MÁXIMO 25 ALUNOS, ENTRE OUTRAS.

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